São muitas as regras que chegam do centro de decisão europeu e que têm castrado os produtos tradicionais dos Açores, que podiam ser uma mais-valia pela sua diferenciação, mas ficam impedidos de ser comercializados.
A denúncia foi feita hoje por José Pacheco, candidato do CHEGA às eleições europeias do próximo Domingo, que acrescentou que os Açores “têm um potencial imenso, não só em área, mas também em tradições, em clima e em alguns produtos que são uma mais-valia”.
O candidato deu o exemplo do vinho de cheiro, cultivado e apreciado na Região, mas que não pode ser comercializado para o exterior, devido às regras europeias. “A Europa já permite que vamos vindimando estas uvas de cheiro, mas só pode ser vendido na Região. No entanto, tudo o que vem da Europa pode entrar e ser comercializado nos Açores”, referiu.
Para José Pacheco, a Região precisa de “ter voz firme que defenda aquilo que é singular nos Açores”, valorizando os produtos locais que “não são de grande quantidade, mas de grande qualidade” e que são diferenciadores numa Europa que deve respeitar as especificidades de cada país. No entanto, ressalva, “as regras europeias têm castrado os Açores” que têm vindo a perder produtos identitários, em nome de uma Europa que permite aos grandes países, mas não permite às pequenas regiões manterem a sua genuinidade.
“Os Açores podem ser uma mais-valia para a Europa”, defendeu o candidato, que apontou, não só os produtos locais genuínos, mas também o mar como potencial que pode ser mais bem aproveitado. Um mar que “dá uma dimensão Atlântica à Europa”, mas que a Europa não está a permitir que os Açorianos usufruam dele na totalidade. “Temos recursos piscatórios muito valiosos, mas a União Europeia tem castrado os nossos pescadores – com quotas, por exemplo – e permite que outros países venham usufruir do nosso quintal, daquilo que é nosso. Isto não está certo e esta é uma das situações que o CHEGA promete combater em Bruxelas”, afirmou José Pacheco.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU
