O CHEGA continua empenhado em não deixar cair no esquecimento os Açorianos lesados pela queda do BANIF, que ficaram sem as suas poupanças e que continuam sem conseguir reaver o seu dinheiro.
Numa reunião com um dos representantes dos lesados do BANIF, Romeu Presunça, os deputados do CHEGA, José Pacheco e Olivéria Santos, voltaram a ouvir muitas histórias de vida de quem perdeu tudo e está há oito anos sem saber onde está o seu dinheiro, estando a passar por dificuldades.
Os deputados do CHEGA entendem que “o Estado falhou e tem grande responsabilidade” na queda do BANIF, devendo encontrar-se uma solução para os 148 milhões de euros que muitos Açorianos mantinham no banco. “Houve uma falha de fiscalização, uma falha de credibilidade e até uma falsa esperança dada pelo Estado, que após as pessoas terem sido lesadas continua a ser o mesmo, e não interessa quem são os governantes”, destacou José Pacheco.
Da parte do CHEGA, os parlamentares vão continuar a “fazer pressão e a denunciar” a situação para que não seja esquecida, apesar de reconhecerem que não há muitas ferramentas que possam mudar a situação. José Pacheco lembrou, inclusive, um Projecto de Resolução apresentado pelo CHEGA, na Assembleia da República, que recomendava ao Governo que implementasse soluções para todos os lesados da Banca, mas que não avançou.
“Mas há um Governo Regional da mesma cor que o Governo da República”, referiu José Pacheco indicando que pode ser feita pressão institucional para que se consiga devolver algum dinheiro às centenas de Açorianos que ficaram sem as suas poupanças – muitos deles tendo sido induzidos a contratar produtos financeiros sem perceberem o que estavam a contratar.
O líder parlamentar do CHEGA indicou ainda que vai estabelecer contactos com o Grupo Parlamentar do CHEGA na Assembleia da República, para que o assunto volte a estar na ordem do dia, para que não seja esquecido.
“É vergonhoso. Estas pessoas lesadas não têm nada, ficaram sem as poupanças de uma vida. O Estado não arranja uma solução para estas pessoas, mas quando a banca pediu financiamento, o Estado estendeu-lhes a mão. Isto é vergonhoso e vamos continuar a denunciar esta situação até que se resolva”, anunciou José Pacheco.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU