O CHEGA insistiu que a educação é uma área fundamental, sendo necessário apostar na manutenção das próprias instalações escolares, mas também no combate ao abandono escolar precoce, bem como incentivar pessoal docente e não docente a fixar-se nas escolas.
Depois da intervenção da Secretária Regional da Educação e Desporto, Sofia Ribeiro, o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, falou na Escola Secundária Antero de Quental, em São Miguel, e no seu avançado estado de degradação – que já motivou petições e até visitas de comissões parlamentares.
No orçamento para 2024 estão inscritos 50 mil euros para o chamado “Liceu” de Ponta Delgada e José Pacheco questiona se para uma escola “que está muito, mas mesmo muito, degradada”, aquela verba será suficiente para evitar maior degradação. “Os alunos reclamam, o Conselho Executivo reclama, eu, como pai, reclamo”, mas o que é certo é que a escola – instalada num edifício histórico – vai continuando a degradar-se sem que nada seja feito para a melhorar.
José Pacheco questionou ainda Sofia Ribeiro acerca da impressão de livros Açorianos, institucionais, em gráficas no continente “sem razão nenhuma”, perdendo-se assim a possibilidade de ajudar as empresas gráficas locais, correndo-se o risco de acabarem por desaparecer.
Já a deputada Olivéria Santos questionou a Secretária Regional da Educação acerca da desmaterialização dos manuais escolares físicos, para se promover o uso dos manuais digitais. “Quando se chama a atenção para uma cada vez maior dependência das tecnologias, esta medida vem promover ainda mais essa dependência”, explicou a parlamentar que quis saber se “não seria mais prudente não avançar, para já, com a desmaterialização dos manuais escolares e usar essas verbas noutras medidas – como no combate ao abandono escolar precoce ou para a melhoria de instalações escolares?”.
A parlamentar quis ainda saber como está o Governo Regional a resolver a questão dos assistentes operacionais que são “quase obrigados” a trabalhar nos pavilhões desportivos das escolas, ao serviço de clubes de várias modalidades, após o horário escolar e que “não estão a ser devidamente ressarcidos por esse trabalho extra nas escolas”.
Também o deputado José Paulo Sousa entrou no debate sobre educação, para questionar Sofia Ribeiro acerca da estratégia do Governo Regional para atrair a manter professores em ilhas, como por exemplo, as Flores.
O parlamentar pegou também na área do desporto para pedir explicações acerca da regularização e pagamento de protocolos entre o Governo e associações desportivas e clubes desportivos. “Existem ainda apoios em atraso a clubes e associações desportivas? Se sim, quando vão ser regularizados? Que majorações vão existir, para clubes e associações desportivas com escalões de formação?”, questionou.
Hélia Cardoso fez o comparativo de gastos com salários de professores e contratação de novos assistentes operacionais entre 2022 e o proposto no orçamento para 2024, questionando se “o aumento de 33 mil e 500 euros por mês será suficiente” para garantir professores e assistentes operacionais em número suficiente em todas as escolas da Região.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU