REGIÃO | Sofia Ribeiro apresenta Estratégia da Educação para aproximar os Açores do país até 2030
A Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto, Sofia Ribeiro, quer reduzir “a diferença entre a Região e o resto do país, no que respeita aos indicadores da Educação”, e, para isso, foi elaborada a Estratégia da Educação Açores 2030, que traça as metas e as ações que devem “nortear as políticas educativas” até ao final da década.
O documento foi apresentado no Palácio dos Capitães-Generais, em Angra do Heroísmo, e ficará em consulta pública até 16 de junho.
“Embora os Açores tenham vindo a melhorar resultados no âmbito da educação, com até alguma expressão significativa nos últimos dois anos, estamos ainda aquém dos indicadores no resto do país e até da Europa”, referiu.
O documento apresenta “dados evolutivos” da década anterior, faz uma “avaliação da situação atual” e apresenta “metas para 2030”.
Um dos objetivos é que a taxa de abandono precoce da Educação e Formação desça até aos 15% até 2030.
Os dados de 2023 já tinham apresentado uma descida de 26,1% para 21,7% nos Açores, enquanto no resto do país verificou-se uma subida para 8%.
Para alcançar a meta traçada, a Secretária Regional pretende “identificar e apoiar os alunos que, não tendo concluído o ensino secundário, estejam em situação de abandono”.
O desenvolvimento do programa AaZ – Ler Melhor, Saber Mais em todas as escolas da Região e do programa Pensamento Computacional até ao 6.º ano de escolaridade são objetivos traçados.
A governante prevê ainda investir no ensino artístico, continuar o processo de desmaterialização dos manuais escolares e construir, desde o ensino pré-escolar, módulos de cidadania.
A Secretaria Regional da Educação quer que, até 2030, “90% dos professores a lecionar nas escolas estejam nos quadros da Região” – para isso, prevê manter o regime de concurso que determina a criação de lugar de quadro por cada três anos completos de contratos a termo resolutivo, por grupo de recrutamento e unidade orgânica.
Pretende-se criar incentivos à realização de mestrados em ensino e à fixação de docentes nas ilhas, unidades orgânicas e grupos de recrutamento carenciados.
A Estratégia define que 85% dos contratos, no caso do pessoal da ação educativa, seja por tempo indeterminado e quer aumentar, em 50%, as competências digitais de todos os profissionais das escolas.
A Secretária Regional da Educação garantiu que o documento será alvo de uma avaliação intermédia em 2027 e uma avaliação final em 2030.
GRA/RÁDIOILHÉU