TERCEIRA | Chega quer conhecer projeto para estrada fechada depois de derrocada
O Grupo Parlamentar do CHEGA quer saber que soluções tem o Governo Regional para a estrada que liga a Serreta ao Raminho, na ilha Terceira, que se mantém encerrada desde 14 de Janeiro de 2024, depois de uma derrocada decorrente da crise sísmica em curso.
Num requerimento enviado hoje à Assembleia Legislativa Regional, os parlamentares indicam que o encerramento daquela via traz grandes transtornos à população, referindo o desvio de duas horas que tem de ser feito pelos autocarros que fazem o transporte público de estudantes da zona Norte da ilha para as escolas, e indicando que os meios de socorro, nomeadamente ambulâncias, não conseguem circular naquela via alternativa.
Uma situação que já se arrasta há largos meses, e sem fim à vista, e que os deputados do Grupo Parlamentar do CHEGA querem ver resolvida o mais célere possível para evitar ainda mais transtornos quer a residentes, quer a turistas.
No documento que já deu entrada na Assembleia legislativa Regional, o CHEGA quer saber qual o projecto que o Governo Regional tem para o local, pedindo que seja entregue cópia do projecto, com a proposta técnica de estabilização do talude, assim como cópia do relatório de avaliação de danos e das condições de segurança do local. Os parlamentares questionam ainda o executivo sobre uma solução provisória, concretamente a construção de um muro de suporte, para proteger a via pública de futuras derrocadas.
O CHEGA questiona ainda quando será lançado o concurso para iniciar a obra de reparação daquela via, o custo da obras e previsão de conclusão.
Os deputados recordam que noutros sismos ocorridos na Região, “as pedras simplesmente foram removidas do local e a vida continuou”, reforçando que depois daquela estrada construída, outras crises sísmicas aconteceram, “sem ter havido necessidade de interromper vias públicas devido a riscos de derrocadas”.
Considerando que nos Açores “não é possível anular o risco sísmico”, o deputado Francisco Lima entende que a situação actual “é insuportável quer para os residentes do lado Norte da Terceira, quer para a economia da ilha, em que o sector do turismo é particularmente afectado”.
Francisco Lima reforça que, de acordo com especialistas da área, poderia ser ali construído “um muro de suporte de pedra, usando as próprias pedras do local, sendo assim possível abrir a via, nem que fosse apenas com uma faixa de rodagem e evitaria os transtornos que o encerramento daquela estrada está a causar actualmente”.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU
