O Comando Regional dos Açores, através da Esquadra de Investigação Criminal, da Divisão Policial de Ponta Delgada efetuou várias diligências policiais que vieram a culminar na prisão preventiva de um homem, de 48 anos, residente em Ponta Delgada, fortemente indiciado dos crimes de perseguição e ameaça agravada.
Tendo por base um inquérito-crime dirigido por uma Procuradora da República do Ministério Publico de Ponta Delgada foram desenvolvidas várias diligências investigatórias por parte da brigada de serviço permanente da PSP visando apurar os contornos relacionados com um, alegado, quadro de perseguição levado a cabo pelo arguido sobre uma vítima em contexto laboral.
De acordo com a investigação foi possível apurar que, supostamente, por razões de ordem passional o arguido adotou, ao longo de vários meses, diversos comportamentos de controlo sistemático sobre a vida e movimentação da ofendida, os quais se agravaram através de uma pressão psicológica e emocional levada a cabo por intermédio de diversas publicações efetuadas em redes sociais. Decorrente da pronta intervenção das autoridades veio o arguido a ficar, desde logo, sujeito a medidas de coação de controlo da sua movimentação, de forma a garantir a proteção à vítima.
Durante a monitorização efetuada pelas autoridades relativamente à decisão imposta pelo tribunal, designadamente pelos dados transmitidos pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais quanto à pulseira eletrónica do arguido, foi possível recolher elementos de prova que apontavam para o incumprimento da decisão judicial e, ainda, para o prosseguimento da sua atividade criminosa do arguido, tendo sido detido, no passado mês de abril, sofrendo um agravamento das medidas de coação que lhe haviam sido anteriormente impostas, passando a ficar, também, proibido de se ausentar do concelho da Ribeira Grande.
Já depois da intervenção das autoridades e após a PSP ter recolhido novos elementos de prova que indiciavam o arguido, também, quanto a crimes de ameaça agravada, um dos quais cometidos sobre a própria mãe, veio a ser novamente interrogado pelo juiz de instrução criminal de Ponta Delgada, ficando a aguardar as restantes fases do processo em prisão preventiva.
O Comando Regional dos Açores sublinha a capacidade de intervenção e constante monitorização demonstrada pelas autoridades judiciárias e policiais que vieram a permitir, neste caso, a efetiva salvaguarda da integridade física de várias vítimas, mas também a garantia das imprescindíveis condições de segurança para o pleno exercício à atividade laboral enquanto direito constitucionalmente previsto.
CR/AÇORES/RÁDIOILHÉU