O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, que hoje viu o seu novo Executivo tomar posse, garantiu que tudo será feito para “dar corpo às ambições dos açorianos”, após uma escolha “inequívoca pela continuidade” e pela “pluralidade dialogante”.
“Tudo faremos para dar corpo às ambições dos açorianos. Reitero o nosso firme propósito de trabalharmos a favor de uma sociedade açoriana mais justa, mais bem preparada para enfrentar os desafios do futuro; uma sociedade coesa, estável e onde prevaleça a igualdade de oportunidades. O XIV Governo dos Açores está comprometido com o trabalho necessário, de modo a contribuir para a boa formação de condições que permitam prosseguir na Região uma governação consistente, com uma visão reformista, dando, assim, continuidade à via alternativa de governação não socialista, que iniciámos e lideramos desde novembro de 2020”, considerou o governante.
José Manuel Bolieiro falava na Assembleia Legislativa Regional, na Horta, na sessão de tomada de posse do XIV Governo dos Açores, resultante das eleições regionais tidas a 4 de fevereiro.
Para o Presidente do Governo, o novo Executivo resulta da “coesão” de um “projeto político pluripartidário” aberto “ao diálogo constante, com quem se afirma, desde sempre, aliado de uma progressiva alternativa não socialista de governação”.
“A economia e a sustentabilidade da nossa casa comum importam porque são instrumento da nossa estratégia de investimento e do desenvolvimento da nossa Região e de cada uma das nossas ilhas. A educação e a qualificação das pessoas importam porque são o melhor elevador social que podemos entregar às pessoas. A saúde e a solidariedade social priorizam cuidar de todos e, com reforço, dos que em especial se apresentam com mais fragilidades e carentes de solidariedade social humanista e integradora no sucesso coletivo”, vincou José Manuel Bolieiro.
E prosseguiu: “A orgânica do XIV Governo resulta do nosso entendimento e do saber feito da experiência governativa entretanto adquirida, para assim, organicamente, melhor dar execução a este paradigma e a estas prioridades. Prioridades de sempre e ambições de um futuro mais auspicioso do que todo o legado autonómico entretanto adquirido, com os sucessos e os insucessos conhecidos e por todos vividos”.
O novo Governo dos Açores, garante José Manuel Bolieiro, vai “dar continuidade às reformas que o futuro” exige.
“Assumimos opções reformistas e disruptivas, que vamos manter, aprofundar e alargar. Continuaremos, com consistência, a implementar políticas públicas, que têm mostrado resultados, gerando mais coesão territorial, aumentando nas nossas ilhas o sentimento de pertença não apenas à ilha, mas fortemente aos Açores, que vão conhecendo melhor, não só através da televisão, mas presencialmente, viajando com vontade e mais facilidade hoje, do que no passado. Continuaremos, assim, a criar mais riqueza, mais emprego e mais coesão social. Foi assim que, ainda mal saídos da pandemia de covid-19, que nos deixou gravosas marcas, enfrentámos a conjuntura adversa que nos foi imposta, por causa do regresso da guerra à Europa e, agora também, ao Médio Oriente”, prosseguiu.
Os açorianos, defende o Presidente do Governo, julgaram nas urnas, “com aprovação”, a governação destes últimos três anos.
“As nossas políticas inovadoras e disruptivas deram bons resultados. São para continuar e ganhar consistência, se nos derem estabilidade e duração. Para isso, cada um assumirá responsabilidade própria. Responsabilidade própria pela estabilidade”, disse, enumerando depois algumas das medidas do primeiro executivo PSD/CDS-PP/PPM, casos da baixa de impostos, da “Tarifa Açores” ou do programa Novos Idosos.
O XIV Governo dos Açores “prosseguirá as reformas inovadoras na área social, concretizando medidas que contribuirão para a melhoria da qualidade de vida dos mais necessitados, dos mais frágeis e, também, para aliviar o orçamento da classe média açoriana”, e apostará novamente na educação como “grande alavanca do desenvolvimento humano e social dos Açores” sem o qual não será vencida a luta contra a pobreza e a exclusão.
Abordando ainda a importância de setores como a pesca, a agricultura e o setor empresarial, José Manuel Bolieiro não deixou de lembrar os profissionais de campos como a saúde ou a educação, sublinhando o “quão importantes são as estabilidades política e governativa” e a “estabilidade social e laboral” na implementação de medidas disruptivas.
“Nós temos um rumo bem definido. E somos consistentes nesse rumo. Fazemos do diálogo, não uma mera forma de governar, mas um método de enfrentar os desafios da sociedade açoriana, de projetar o futuro de forma consistente e eficaz. Um método que alcança resultados positivos porque envolve todos quantos queiram dar um contributo”, sublinhou.
Sobre o sufrágio nacional, marcado para 10 de março, José Manuel Bolieiro declarou que o XIV Governo dos Açores “terá uma postura de diálogo com o novo Governo da República, seja ele qual for”.
E foi perentório: “Mas, também seja ele qual for, não abdicaremos de fazer valer a concretização das responsabilidades do Estado e do cumprimento leal dos compromissos já assumidos para com os Açores. Do mesmo modo não abdicaremos de participação determinante na gestão do mar e do espaço, áreas em que interesses da Região e do Estado não se anulam ou se confrontam, no interesse de todos devem respeitar-se”.
José Manuel Bolieiro demonstrou ainda confiança nos governantes a seu lado, deixando palavras de elogio para quem cessou agora funções.
GRA/RÁDIOILHÉU