A SATA aguarda uma decisão do Governo Regional sobre o processo de privatização da Azores Airlines, adiantou, ontem, ao DI, fonte oficial da transportadora aérea regional.
Uma resposta a questões colocadas pelo jornal, concedida por email, recorda que “o acionista do grupo SATA tomou a decisão de suspender o processo de privatização que estava em curso”, sendo que, neste momento, é esperada a posição do Governo em relação a esse tema.
De acordo com o grupo SATA, “o acordo com a União Europeia indica que a privatização de parte do capital social da Azores Airlines deverá acontecer até 2025, pelo que ainda há algum tempo para o processo”.
É assegurado que “neste momento, o foco mantém-se na recuperação das companhias aéreas do grupo SATA e em consolidar e desenvolver as operações das mesmas”.
A posição surge depois de, terça-feira, ter sido conhecido um comunicado da agência de notação financeira DBRS Morning Star, que avisa que o processo de privatização da Azores Airlines (SATA Internacional) tem ser concluído pelo Governo Regional até ao fim de 2025.
“O desinvestimento da SATA tem de ser retomado e concluído antes do final de 2025 para dar cumprimento ao atual plano de reestruturação assinado com a Comissão Europeia”, frisa a agência canadiana.
A DBRS analisou o cenário pós-eleitoral nos Açores, que foram a votos no passado domingo, com a coligação PSD/CDS-PP/PPM a sair vencedora, mas com maioria relativa.
“O novo Governo enfrentará pressão de gastos sobre o Orçamento Regional e pressão para a conclusão da privatização da SATA”, vinca.
Recorde-se que o processo de privatização foi interrompido após o chumbo da proposta de Orçamento regional para 2024 e a convocação de eleições antecipadas.
A agência de rating acredita que com “o crescimento da atividade aérea, fruto da dinâmica do turismo, a empresa pública melhorou o seu desempenho operacional, o que vai ajudar a manter o interesse dos dois compradores”.
“A Morningstar DBRS continuará a monitorizar a implementação do plano de reestruturação no futuro e a avaliar qualquer potencial impacto financeiro negativo no perfil de crédito da região”, assegura o comunicado.
DIÁRIOINSULAR/RÁDIOILHÉU