“A ilha Terceira é uma ilha esquecida, abandonada, onde os empresários são esquecidos. A Terceira está a empobrecer alegremente”, acusa o cabeça-de-lista do CHEGA pelo círculo eleitoral da Terceira às próximas eleições legislativas regionais, Francisco Lima.
No final de uma reunião com a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, onde os representantes dos empresários apresentaram uma “proposta de programa para o desenvolvimento dos Açores”, Francisco Lima lamentou os vários condicionalismos que asfixiam a ilha Terceira, e os Açores em geral, nomeadamente ao nível da falta de mão-de-obra e da falta de dinamismo e apoio do Governo.
“Na Terceira falou-se de um “hub”, fez-se um estudo, mas não saiu do papel. A aerogare civil das Lajes é uma vergonha e não tem operacionalidade. Os empresários estão esquecidos – o único político que não esquece os empresários é o Ministro das Finanças -, as empresas também estão a ser vítimas do problema do aumento de juros. Deste Governo de direita esperava-se mais apoios às empresas”, que não se verificou.
Por seu lado, José Pacheco, líder do CHEGA Açores e cabeça-de-lista por São Miguel, reforçou a intenção já anunciada de ter na Terceira um “hub” aeronáutico comercial, um projecto que deve ser realmente estudado, até em conjunto com a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo. “Há soluções, às vezes há é falta de vontade política. Só se planeiam as coisas a quatro anos e assim os Açores não avançam”, referiu.
Na reunião houve, da parte da Câmara do Comércio, um “atrevimento positivo, de alertar os políticos que há deputados a mais, que os custos da Assembleia Regional são muito elevados”. José Pacheco concordou, tal como o CHEGA tem vindo a denunciar, que “temos deputados a mais, e, possivelmente, ter deputados por ilha não nos serve, talvez devêssemos ter um círculo eleitoral único e menos deputados”. Para o CHEGA, o ideal será ter um círculo eleitoral único e cada partido falar de cada uma das ilhas, “não podemos ter deputados de ilha e as ilhas ficarem ao abandono porque os deputados não falam das suas ilhas”, reforçou José Pacheco.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU