Ao fim de três anos de governação e com a não aprovação do Orçamento regional para 2024, o PSD, CDS/PP e PPM Açores revelaram ser uma coligação fraca e nada cumpridora dos acordos que lhe garantiam o apoio parlamentar e, muito menos, no cumprimento para com os Açorianos.
A conjuntura que se vive requer um Governo forte e robusto para dar resposta às situações urgentes, como seja na Saúde ou na Educação, melhorando a vida económica das famílias e empresas e, ao mesmo tempo, arrancar de imediato para investimentos que melhorem significativamente o setor produtivo com a utilização dos fundos do PRR e do PO 2030, de forma criteriosa e célere.
Infelizmente, o que se verificou nos últimos três anos foi um Governo sem agilidade, parado e que tentou dominar os Açorianos pelo nepotismo, esquecendo-se que tinha um pacote de fundos comunitários para executar e que face à curva descendente da qualidade de vida dos Açorianos pouco se preocupou em fortalecer a economia para fazer face às sucessivas dificuldades das famílias.
As poucas medidas que criou, o “CREDITHAB”, por exemplo, foram demasiado burocráticas e anunciadas de forma tímida para que os beneficiários não acorressem em massa. Há, claramente, falta de gestão e previsão dos recursos financeiros disponíveis antes de anunciar as medidas.
O processo construtivo de uma coesão territorial foi deixado para trás e cada vez mais as ilhas mais pequenas veem-se despojadas dos meios mais básicos para promover o seu desenvolvimento. É generalizada a insatisfação dos Graciosenses pela qualidade dos serviços de Saúde, na Educação, com os transportes marítimos, nas infraestruturas ou no Turismo.
Estamos a dar passos à retaguarda e a comprometer o futuro dos Açorianos.
Manuel José Ramos, deputado GPPS