Os índices de Wall Street prolongaram os ganhos durante a sessão de ontem, na sequência dos dados sobre a inflação medida pelo IPC. O índice S&P 500 subiu mais de 1,9%, e mais de 95% das empresas de referência fecharam a sessão em terreno positivo.
Os fortes ganhos de ontem em Wall Street apoiaram a sessão asiática desta madrugada, que ficou marcada também por fortes ganhos nos índices de referência do Japão, Coreia do Sul e China.
O KOSPI da Coreia subiu quase 2%, o Nikkei registou ganhos superiores a 2,5%. O índice Hang Seng da China registou uma recuperação de quase 3,2%, em resposta a uma melhoria geral do sentimento de risco, à perspetiva de estímulos adicionais à economia (avançado ontem pela Bloomberg) e, mais importante, à divulgação de dados macroeconómicos significativos da economia chinesa, em que as vendas a retalho foram superiores ao esperado.
Indicadores económicos na China dão sinais de melhoria
Esta madrugada, foram conhecidos vários dados macro sobre a China. A produção industrial aumentou 4,6% face à previsão de 4,5% YoY. O investimento nas áreas metropolitanas registou também um aumento de 2,9%, abaixo das previsões de 3,1% e do valor anterior de 3,1%. A taxa de desemprego ficou nos 5%, em linha com as expectativas e com os últimos dados, porém as vendas a retalho subiram 7,6% face às estimativas que apontam para um crescimento de 7%, sinalizando um maior consumo e procura na economia.
A economia chinesa tem tido dificuldades em retomar a atividade económica e nos últimos meses tem inclusive dado sinais de estagnação.
No entanto, os dados mais recentes mostram sinais de recuperação.
Agenda Económica
A sessão de hoje volta a ser marcada pela publicação de vários indicadores importantes sobre os EUA. As vendas a retalho e o índice de preços ao produtor (IPP) serão acompanhados de perto.
Tendo em conta os resultados apresentados ontem sobre a inflação, as expectativas dos mercados apontam agora para cortes sobre os juros já em 2024. As perspetivas sobre novos aumentos dos juros caíram por completo, sendo que os mercados neste momento não esperam mais aumentos no lado da Fed.