“Penso que já vai tarde”, é assim que o deputado José Pacheco reage à demissão do Primeiro-Ministro, António Costa, depois de buscas realizadas pelo Ministério Público à residência oficial e a Ministérios envolvidos em negócios de hidrogénio e de exploração de lítio.
Para o deputado do CHEGA Açores, “António Costa e este Partido Socialista, andava a transformar Portugal numa gruta do Ali Baba e dos muitos ladrões. Hoje foi mais uma gota de água, que acabou por transbordar o copo”, culminando com a demissão, já aceite, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Além das implicações que vai trazer esta demissão a nível nacional, nos Açores também haverá consequências. Para o CHEGA, torna-se claro que “o Partido Socialista já não vai querer lançar uma moção de censura”, aquando do próximo plenário de Novembro, em que será discutido o Plano e Orçamento da Região para 2024.
O que também dará margem de manobra, “tempo e liberdade ao PSD, para se livrar dos parceiros de coligação” nos Açores, para futuras eleições regionais. Na prática, afirmou José Pacheco, “os ingredientes estão misturados, vamos ver que bolo sai daqui”, já que diversas variáveis podem ser incluídas nesta demissão de António Costa, tendo implicações directas para o futuro dos Açores.
“Penso que deve haver eleições imediatamente a nível nacional”, disse José Pacheco, por fim, aos jornalistas, tendo acrescentado que este é mais um caso em que “a justiça está a funcionar e a Democracia deve ser exercida”.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU