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ATUALIDADE | PSD. Vasco Cordeiro revela “absoluta incoerência” sobre apoio à comunicação social privada

©PSD/Açores | Hugo Moreira
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O deputado do PSD/Açores Joaquim Machado afirmou hoje que o presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, revela “absoluta incoerência” nas críticas que fez ao programa de apoio à comunicação social privada proposto pelo Governo Regional, lembrando que o socialista apresentou uma iniciativa semelhante em 2021.

“O deputado Vasco Cordeiro, que agora critica a iniciativa do Governo da Coligação, foi o mesmo que, há dois anos, entregou no Parlamento dos Açores uma proposta para o Governo Regional pagar, durante o primeiro semestre de 2021, um apoio mensal de 628 euros ao salário de cada jornalista dos órgãos de comunicação social privados”, recordou o parlamentar social-democrata, em conferência de imprensa.

Segundo Joaquim Machado, “as acusações do deputado Vasco Cordeiro são de uma absoluta incoerência com o seu passado recente”.

“Quando foi o PS a propor que o Orçamento Regional suportasse 628 euros do salário de cada jornalista, o deputado Vasco Cordeiro achou muito bem. Agora que o Governo da Coligação propõe suportar os encargos salariais com um apoio às empresas que pode atingir, no máximo, 600 euros, já acha mal”, disse.

O deputado do PSD/Açores considerou também que, “além de incoerentes, as afirmações do deputado Vasco Cordeiro são de uma profunda falta de rigor”.

Joaquim Machado recordou que “o vencimento dos jornalistas da Antena 1, RTP e Agência Lusa, são pagos com o dinheiro dos contribuintes. Isso não diminui em nada o profissionalismo, nem a isenção do cumprimento das regras éticas e deontológicas”.

“Não se percebe por que razão uma ajuda às empresas, como tantas outras, confunde e indigna o PS”, indicou, salvaguardando que “em caso algum se trata de pagar vencimentos aos jornalistas, mas sim atribuir às empresas de comunicação social uma compensação relativa aos seus encargos salariais”.

Por isso, “afirmar que tal ajuda condiciona a liberdade e isenção dos jornalistas é uma tremenda hipocrisia que, acima de tudo, insulta o profissionalismo e o sentido deontológico dos profissionais da comunicação social açoriana”, proclamou.

“A juntar à incoerência e falta de rigor, as críticas do deputado Vasco Cordeiro tentam branquear o passado de interferência do PS na comunicação social dos Açores”, lembrou Joaquim Machado.

“Vasco Cordeiro gastava anualmente mais de um milhão de euros por ano em assessoria de imprensa e imagem do seu governo”, atestou o deputado do PSD/Açores.

Além disso, “Vasco Cordeiro tinha ao serviço do seu governo 16 profissionais de comunicação, nomeados politicamente, na maioria jornalistas recrutados nas redações da rádio e televisão públicas, assim como em empresas privadas, a que acresciam os funcionários públicos do então Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS)”, fincou.

Como se não bastasse, “Vasco Cordeiro integrou governos com secretários regionais condenados por interferência no trabalho de jornalistas e chegou a expulsar jornalistas de uma conferência de imprensa do partido”.

O parlamentar social-democrata lembrou que comunicação social privada nos Açores “vive, como sempre viveu, com dificuldades”, sublinhando que, “não foram as ajudas públicas, instituídas na viragem para a década de 1980 e mais títulos da nossa imprensa centenária teriam desaparecido, como aconteceu com A União e O Telégrafo, por exemplo”.

“A comunicação social dos Açores ficaria mais pobre e, seguramente, não figuraria entre os mais antigos títulos da imprensa portuguesa e bem assim com a grande longevidade da rádio privada nacional, como são os casos do Clube Asas do Atlântico e do Rádio Clube de Angra”, realçou.

“A Autonomia dos Açores só tem, portanto, a ganhar com mais e bons jornais e rádios privadas. E com isso ainda ficamos todos a ganhar com o exercício regulador dos media face à falsa informação alimentada pelas chamadas redes sociais”.

Por fim, Joaquim Machado ressalvou que “a proposta de decreto legislativo regional que vier a ser aprovada pelo Conselho do Governo é depois remetida ao Parlamento. Para já, trata-se de um rascunho e documento que está a ser preparado com a colaboração do Sindicato dos Jornalistas e as entidades patronais”.

PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.