FAIAL | Exposição “Negro e Azul – Matéria de Infinitude” inaugura sexta-feira, 2 de junho, na Casa Manuel de Arriaga
“Negro e Azul – Matéria de infinitude” é o título da exposição de pintura e litografia dos artistas plásticos Domingos Loureiro e Regis da Silva, que inaugura já na próxima sexta-feira, 2 de junho, às 18h00, na Casa-Museu Manuel de Arriaga, na cidade da Horta, e ficará patente ao público até 30 de junho.
Domingos Loureiro e Antonio Regis da Silva desenvolveram investigações autorais a partir da vivência do território, colocadas em diálogo nesta mostra, constituída por mais de três dezenas de peças, que “procura encontrar elos, mas, também, afirmar a diferença entre os propósitos e os gestos, assumindo a tensão entre os processos enquanto elemento-chave do discurso subjacente à exposição – espaço de partilha transcultural, transdisciplinar e multidirecional, onde a diferença é essencial como forma de afirmação e de reflexão”.
Que lugar é este no meio do Atlântico entre a Europa e a América? Que forças naturais e humanas atuam e moldam o território? Quem o habita e quem o atravessa? Que marcas perduram e que marcas se dissipam? Estas são algumas das questões que Domingos Loureiro e Regis da Silva colocaram durante duas residências artísticas que realizaram no Faial, entre os meses de fevereiro e abril deste ano.
“Negro e Azul – Matéria de Infinitude” inclui uma instalação de vídeo e vários trabalhos de litografia, pintura e desenho, propondo-se como “objeto de contemplação e de aprendizagem”, mas também “como olhar transnacional sobre o território físico e cultural dos Açores e, em particular, da ilha do Faial”. Para as imagens em litografia presentes na exposição foram utilizadas pigmentações extraídas das pedras vulcânicas do Faial.
Segundo os artistas, a experiência dos Açores “fomentou discursos e praxis” onde o negro e o azul “são elementos tanto visuais como simbólicos, onde linguagem e imagem se complementam, avaliando conceitos como arquipélago, periferia, diáspora, fronteira, natureza, poder, gesto, tensão, liberdade, visível e invisível”.
Produzida pela Associação Turismo Sustentável do Faial (ATSF), esta mostra encerra o ciclo “Memórias de Pó: a pedra e o território como matéria”, que incluiu três residências artísticas, exposições, workshops, palestras e uma mesa-redonda, e contou com o apoio à produção da AvistaVulcão e da Microgaleria Camarupa, do Museu da Horta, do Município da Horta, da Fundação de Ciência e Tecnologia e da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Sobre os artistas
Domingos Loureiro nasceu em Valongo e é doutor em Arte e Design pela Universidade do Porto. Acumula a sua atividade de artista visual com a de Professor Auxiliar na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, no Departamento de Artes Plásticas – Pintura. É investigador integrado no i2ADS – Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade e coordenador do Projeto Ground LAB: arqueologia e recondução tecnológica. É autor e editor de diversos documentos científicos e académicos. Artista premiado, conta no seu currículo com exposições em Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Bélgica, Itália, Irlanda, EUA, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá e Holanda.
Antonio Regis da Silva nasceu no Brasil e é formado em Belas Artes pela Universidade de Sussex, no Reino Unido. Tem um mestrado em Artes Plásticas e Artes Visuais, pela Universidade de Évora, e frequenta o Doutoramento em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. É bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia e membro investigador no i2ADS – Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade. É artista e curador.