SÃO MIGUEL | Francisco César defende instalação da estação gestora de novos cabos submarinos no parque tecnológico da Lagoa
O deputado do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, Francisco César, defendeu, esta terça-feira, a utilização do parque tecnológico da Lagoa como ponto de trabalho para a estação que fará a gestão do novo cabo de fibra ótica nos Açores.
O vice-presidente do GPPS, que intervinha no âmbito da audição parlamentar à IP – Infraestruturas de Portugal, a propósito da substituição dos cabos submarinos, manifestava, assim, a sua preocupação com o recurso à utilização das antigas estações, por considerar que essas mesmas estações são “de um dos players do mercado que no passado foi acusado pelos concorrentes de ter uma posição dominante”.
Mas, para o parlamentar, e estando o cabo de amarração em São Miguel, no município da Lagoa, ao instalar a estação no parque tecnológico da cidade “poderíamos contribuir para um fator acrescido de produtividade”.
“A pouco mais de um quilómetro do cabo de amarração, na Lagoa, há um parque tecnológico. O município comprometeu-se em ajudar na infraestruturação de todo esse projeto, no sentido de se poder ter, nesse local, a estação que faria a gestão do cabo de fibra ótica”, recordou o socialista, para acrescentar, por outro lado, “que a gestão da Altice fica, pelo menos, a 10 km da entrada em terra, na ilha de São Miguel”.
De acordo com Francisco César, e caso seja instalado neste local, “poderíamos juntar o útil ao agradável: não só não tínhamos um player a arrendar as suas instalações, como poderíamos colocar no parque tecnológico um fator acrescido de produtividade”.
Durante a sua intervenção, o deputado questionou ainda o presidente da IP, Miguel Cruz, quanto aos atuais cabos submarinos, perguntando, nesse sentido, “o que está previsto, ao nível da sua manutenção e garantias do serviço, até ao momento em que os novos cabos estejam instalados”.
A finalizar, Francisco César questionou, também, quanto aos restantes dois cabos submarinos dos Açores, lembrando a este propósito, que após esta fase de instalação do Anel CAM, “é importante para a IP avançar para o segundo anel de cabos submarinos, ligando ao grupo central, que também já está a aproximar do fim o seu período de tempo máximo”.
PS/AÇORES/RÁDIOILHÉU