REGIÃO | Comunidade escolar deve ser envolvida na implementação de manuais digitais nos Açores, alerta Rodolfo Franca
Rodolfo Franca, deputado do Partido Socialista dos Açores, alertou esta segunda-feira para o pouco tempo útil que as famílias e as unidades orgânicas da Região dispõem para se adaptarem aos manuais digitais.
“O PS não poderia estar mais de acordo com esta iniciativa que promove a transição digital e introduz novas metodologias de trabalho, mas, mais uma vez, está a ser feito em cima do joelho, sem a devida preparação e envolvimento da comunidade escolar”, disse.
O deputado socialista, que falava à margem de uma reunião com o Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária da Graciosa, no âmbito das jornadas parlamentares do PS Açores à ilha Graciosa, lamentou que este não esteja a ser um processo trabalhado em conjunto com as escolas e que nem tenha um conjunto de etapas “bem sistematizadas” onde toda a comunidade escolar tenha conhecimento do seu caminho.
Rodolfo Franca salientou que as escolas, a pouco mais de um mês do início do ano letivo, “não receberam os computadores, não os têm preparados e nem sabem quando os vão receber”.
O parlamentar revelou prever uma implementação “muito complicada”, isto porque “pelo que nos foi transmitido, um professor de cada escola dos Açores terá uma formação de utilização dos manuais, agora a decorrer durante este mês de julho, o que significa que depois esse professor terá de dar formação aos restantes docentes até ao início do ano letivo”.
“Se em unidades orgânicas mais reduzidas, a comunidade escolar já considera que haverá problemas, imaginemos em unidades orgânicas de maior dimensão”, considerou.
Os deputados do Partido Socialista dos Açores alertaram ainda para a escassez de recursos humanos, na EBS da Graciosa em particular, mas também nos Açores em geral e dizem sentir que o ano escolar está colocado em causa.
“Continua a existir uma tremenda confusão na abertura de vagas para o recrutamento de assistentes operacionais”, afirmou o deputado, revelando aquilo que o Conselho Executivo da escola da Graciosa lhes transmitiu: “provavelmente se o ano letivo começasse agora, três dos seus estabelecimentos de ensino não teriam condições para abrir portas por falta de assistentes operacionais, sem saber algo em concreto, sem ter uma garantia em concreto por parte da tutela de que esta situação vai ser resolvida e de que modo vai ser resolvida”.
GPPS/AÇORES/RÁDIOILHÉU