O dia começou cedo, e a meio da manhã, já com o gado ordenhado e tratado era hora de ir “claveirar”. Este nobre oficio deu trabalho a preparar. Foi usada pela 2.ª vez a “canga” que será utilizada para, neste caso, um boi “claveirar” parte deste milho no sítio do Varadouro, na Vila do Topo. O Luís Bettencourt e o Manuel Oliveira, foram os dois homens, a realizar este trabalho.
Algumas pessoas lembram-se de “claveirar” o milho com bois, outros presenciaram isto na sua vida durante vários anos. Esta era a maneira mais usual de se trabalhar a terra, porque há 50 anos atrás quem tinha um cavalo para fazer este trabalho, era sinal de ter algumas posses.
Há uma diferença entre “Claveirar” o milho com os bois ou com os cavalos. É uma “forma mais rápida” fazer com o cavalo, embora com o ensinamento e prática que havia a alguns anos, também se fazia com os bois este trabalho. Depois de algumas horas de trabalho, com outro andamento já se caminha a passos largos para o Bodo de Leite, da Vila do Topo.
O dia de trabalho está feito, tradicionalmente feito, e o milho “claveirado”. Imagem e reportagem: Maurício de Jesus, a Rádio Ilhéu no sítio do Varadouro, na ilha de São Jorge. Música: Tributo;