A Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, por via da Direção Regional dos Assuntos Culturais, através do Museu do Pico (MP), promove, amanhã, sexta-feira, 6 de maio, pelas 21h00, no Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico, a inauguração da exposição itinerante “«nós», nas traves do sótão”, referente ao pintor açoriano Tomaz Borba Vieira.
Depois da passagem pelo Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, em São Miguel, e pela Biblioteca da Horta, as obras expostas no Museu do Pico são um conjunto de desenhos a tinta-da-china e aguada, desenvolvidas num período de convalescença do artista, enquanto este olhava para as traves do teto do seu quarto.
A exposição, composta por desenhos que podem parecer quase infantis, pelo traço e pela ludicidade, representando figuras antropomorfizadas, macacos e sereias, que convivem e se relacionam, estará patente até 7 de agosto.
Tomaz Borba Vieira, nascido em 1938, em Ponta Delgada, São Miguel, estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, Arte Mural na Academia de Belas Artes de Florença, Pedagogia na Universidade de Lisboa e Ciências da Educação (MA) na Universidade de Boston. Foi docente no ensino técnico, preparatório, secundário e superior. No seu currículo artístico, iniciado em 1963, constam perto de 30 exposições individuais e a participação em cerca de 70 exposições coletivas. Proferiu palestras e publicou artigos sobre questões de arte e de educação, prefaciou exposições de novos artistas, e apresentou obras de alguns dos principais artistas açorianos na RTP Açores, em 1989.
Organizou a exposição “Os Sentidos”, com colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo dos Açores, na Igreja do Colégio, em Ponta Delgada, em 1989. Publicou: “Herdar Estrelas” – Novela, 2000, com ilustrações de Luíz França; “Degrau de Pedra” – Contos, 2002, com ilustrações de Luíz França; “O Carcereiro da Vila” – Contos, 2008, com ilustrações do autor; “Navegação Interior” – Contos, 2013, com ilustrações do autor; “O Lugar da Maçã”, 2019. Fundou o Castelo – Centro Cultural, na Caloura, ilha de São Miguel, em 2005.
Foi-lhe atribuída, em 2006, a Insígnia Autonómica de Reconhecimento pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
GRA/RÁDIOILHÉU