Subiu para V4 o nível de alerta vulcânico em São Jorge, na sequência da crise sísmica em curso naquela ilha desde a passada semana, anunciou esta quarta-feira o Secretário Regional da Saúde e Desporto.
“Isto significa possibilidade real de erupção”, disse Clélio Meneses, numa conferência de imprensa ao final da tarde, em Angra do Heroísmo.
O governante justificou a subida de nível com a elevada atividade sísmica, a localização e natureza geológica dos epicentros, o histórico de erupções vulcânicas na mesma zona e a deformação crostal, entretanto observada por satélite. “Isto significa dois tipos de risco”, adiantou. “Por um lado, a ocorrência de um sismo de maior magnitude, com epicentro em terra” ou “uma erupção vulcânica”, precisou.
No briefing com a imprensa, depois de um encontro com responsáveis das estruturas regionais e nacionais da proteção civil, o Secretário Regional da Saúde e Desporto anunciou a implementação de mais medidas preventivas ao nível da ilha, confirmou a chegada a São Jorge de mais meios de socorro e mais técnicos especializados em diversas áreas e pediu à população que tome também medidas de proteção individual e familiar.
Clélio Meneses aconselhou as pessoas que vivem entre Velas e Fajã das Almas a fazerem uma deslocalização de residência “sobretudo pessoas com mobilidade reduzida, ou dependentes de terceiros para as suas atividades básicas, pessoas residentes em edifícios sem garantia de segurança antissísmica ou pessoas a residir perto de falésias, como são as Fajãs”. Anunciou também que estão já a postos na ilha diversos meios de socorro e referiu ter determinado a reunião da comissão regional de proteção civil no mais breve espaço de tempo possível.
O Secretário Regional da Saúde e Desporto viaja esta quinta-feira para São Jorge, acompanhando o Presidente do governo regional, para contactos com responsáveis locais, e visitas a estruturas que se encontram em alerta e prontas para socorrer e abrigar as populações, em caso de necessidade. Ainda de manhã deverá ter lugar uma reunião entre governo e autarquias, na qual participam igualmente elementos da Proteção Civil, local e regional, e cientistas do CIVISA.
VA/RÁDIOILHÉU