A Secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, através da Direção Regional da Cultura, promove, no dia 6 de novembro, pelas 18h30, a realização de uma mesa-redonda intitulada ‘Armando Côrtes-Rodrigues e o reflexo da sua Açorianidade’, na Biblioteca Pública de Ponta Delgada.
A iniciativa visa assinalar os 50 anos do falecimento do poeta e intelectual açoriano e integra-se nos debates que a Biblioteca Pública promove anualmente sobre uma personalidade com destaque na cultura Açoriana, cuja documentação esteja à guarda deste serviço público.
Nesta mesa-redonda, a preleção inicial estará a cargo de Eduíno de Jesus, poeta, ensaísta e crítico literário de mérito reconhecido nos planos nacional e internacional.
A incorporação do espólio de Armando Côrtes-Rodrigues na Biblioteca, sob o ponto de vista arquivístico e biblioteconómico, será o mote para a apresentação de dois trabalhos de Catarina Pereira e de Patrícia Duarte.
Seguir-se-á uma comunicação de Pedro Paulo Câmara, cujos estudos inspiraram esta iniciativa.
A ação encerra com uma comunicação de Anabela Almeida, reconhecida investigadora de Armando Côrtes-Rodrigues a quem, pelas obras já conhecidas, se deve o ressurgimento do interesse por este vulto da cultura Açoriana.
Dirigido ao público em geral, em especial aos interessados na história e cultura açorianas, o evento é de entrada livre, sujeito ao limite de lugares com o devido distanciamento de segurança.
Armando Côrtes-Rodrigues nasceu a 28 de fevereiro de 1891, em Vila Franca do Campo, e faleceu a 14 de outubro de 1971, em Ponta Delgada.
Figura incomparável da literatura Açoriana do século XX, Côrtes-Rodrigues foi um escritor, poeta, cronista, dramaturgo e etnógrafo Açoriano. Licenciou-se em Filologia Romântica, pela Faculdade de Letras de Lisboa (1915), integrando, nessa altura, a primeira geração do modernismo, tendo colaborado ao lado de Fernando Pessoa, nos dois primeiros números da revista ‘Orpheu’, sob o pseudónimo de Violante de Cysneiros.
Regressa aos Açores em 1917, dedicando-se ao ensino e ao estudo da etnografia, fazendo recolhas de diversas formas de literatura oral e popular Açoriana, que reúne no “Cancioneiro Geral dos Açores” (1982) e no “Adagiário Popular Açoriano” (1982). Em 1953, com o livro “Horto Fechado” e “Outros Poemas”, ganhou o Prémio Antero de Quental.
GA/RÁDIOILHÉU