
O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas defendeu hoje que o renascimento da União Europeia passa por uma maior solidariedade entre os Estados membros e pela retoma de uma Europa das Regiões.
“Os Açores defendem que há duas questões, duas novas realidades que a pandemia revelou”, afirmou Rui Bettencourt, que falava no final de uma reunião da Comissão de Cidadania, Governação e Assuntos Institucionais e Externos, do Comité das Regiões, em que participou por videoconferência.
“A pandemia tem tido um impacto social, económico e sanitário, evidentemente, e em toda a Europa e em todos os Estados europeus revelou-se uma necessidade de uma maior cooperação, de uma maior solidariedade” disse o governante, considerando que isso leva ao que é o projeto europeu e ao que é um dos seus fundamentos, que é “a necessidade de haver 27 Estados solidários a enfrentar os impactos negativos que esta pandemia está a ter e terá ainda durante algum tempo”.
Para o titular da pasta das Relações Externas, “outro ponto importante que foi revelado por esta pandemia e que deve influenciar o futuro da Europa é a necessidade de se retomar a Europa das regiões e a dimensão regional como uma dimensão de grande pertinência e de grande proximidade” para resolver este impacto e as questões sanitárias, económicas e sociais que a COVID-19 colocou.
“Nós vimos que, por um lado, a solidariedade entre Estados é fundamental para este novo renascimento da União Europeia e também a proximidade que as Regiões trazem, ou seja, o envolvimento das regiões num desenho de uma Europa de futuro”, frisou o Secretário Regional.
Rui Bettencourt sublinhou ainda o facto de se tratar de 27 Estados solidários e de cerca de 300 regiões ativas, “trazendo uma proximidade na governação e na solução dos problemas sanitários, económicos e sociais que esta pandemia está a ter”.
A reunião da Comissão de Cidadania, Governação e Assuntos Institucionais e Externos, do Comité das Regiões, abordou ainda diversos temas e várias questões da atualidade europeia, como a questão do digital numa nova democracia e também a questão da subsidiariedade, centrando-se o debate no futuro da Europa, que seria abordado numa conferência prevista para o dia 9 de maio, que não se realizou na altura mas que será reagendada.
FONTE: GaCS/SN