REGIÃO – Bloco quer mais energia renovável e critica Vasco Cordeiro e José Bolieiro por apoiarem incineração

António Lima defendeu hoje o aumento do investimento na produção de energia a partir de fontes renováveis e criticou o apoio de Vasco Cordeiro e José Manuel Bolieiro à incineração, que vai produzir energia a partir da queima de lixo.
A incineradora de São Miguel, um “projeto político antigo do PS e do PSD, apoiado por Vasco Cordeiro e José Manuel Bolieiro”, é “ambientalmente insustentável” e é “uma forma errada de produzir energia”, disse o coordenador do Bloco de Esquerda.
O candidato do Bloco, que esteve ontem e hoje na Graciosa, visitou esta manhã a Graciólica, um projeto de produção de energia a partir de fontes renováveis, que tem tido bons resultados, e que é um bom exemplo de como é possível aumentar a produção de energia limpa, e ter ilhas com taxas de penetração de energias renováveis mais elevadas.
“Além de ser uma produção mais sustentável, é um contributo dos Açores para o combate global às alterações climáticas”, assinalou António Lima.
O candidato do Bloco considera que a EDA tem que ter um papel ainda mais importante na produção de energia sustentável, alterando a sua política de distribuição de dividendos: em vez de distribuir os lucros da empresa pelos acionistas – quase metade são privados – “a EDA tem que direcionar os lucros para o investimento” nas energias renováveis.
O aumento do investimento em energias renováveis traz vantagens para a economia e para o ambiente.
Quanto à construção da incineradora que está prevista para São Miguel, António Lima é claro: “É um projeto desastroso, a longo prazo, para os Açores, e é um mau exemplo de políticas ambientais para a Região”.
Brites Araújo, candidata do Bloco pela Graciosa, que também esteve na visita, afirma que o desígnio da ilha deve ser aproveitar o seu estatuto de reserva da biosfera para captar investimento para o desenvolvimento de projetos de estudo relacionados com o ambiente, com a produção de energia limpa e com o combate às alterações climáticas. Esta estratégia pode contribuir para a fixação de jovens e para travar o êxodo de população que se tem verificado.
Mas ainda há muito a fazer, “não podemos andar a vender os Açores como um paraíso natural e e uma terra de vacas felizes, e depois andar a tomar decisões que põem em risco a natureza e dar alimentos com organismos geneticamente modificados às vacas”, explicou a candidata.
BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU