
O deputado do PSD/Açores Rui Espínola defendeu esta quarta feira “uma maior aposta na qualificação dos jovens açorianos que não estudam, não trabalham, nem frequentam formação (NEET)”, assim como o reforço de políticas públicas que invertam ciclos de pobreza e exclusão social”.
Falando durante a discussão de uma iniciativa para a criação de apoio à qualificação dos jovens NEET no arquipélago, o social democrata lembrou “uma realidade preocupante, que representa pobreza, exclusão social e que é representada por jovens, maioritariamente do sexo feminino, cujo percurso escolar culminou no abandono escolar precoce”.
“Esta situação que não pode ser dissociada do desinvestimento dos governos socialistas no ensino profissional, alocando as verbas do Fundo Social Europeu aos programas ocupacionais, e não permitindo às escolas profissionais financiamento para novos cursos e para uma resposta efetiva a estes casos”, avançou Rui Espínola.
“Quando a taxa de abandono escolar precoce nos Açores é mais do dobro da média nacional (Açores 27% – Portugal 11%), o resultado só poderia ser este”, afirmou o vice presidente da bancada do PSD, sublinhando que os jovens NEET na Região, entre os 15 e os 24 anos, “eram17,2% em 2020”, segundo dados do Eurostat, “sendo quase o dobro da média nacional (9,1%). Em 2021, significam 25,4% da população jovem, embora até aos 29 anos, só na ilha de São Miguel”, afirma.
“Este é o resultado do falhanço das políticas educativas, formativas e sociais dos governos do PS. E junte-se a isso que 65% dos nossos alunos beneficiam de apoio social escolar”, alertou Rui Espínola, para quem “é urgente fornecer percursos formativos diversificados no ensino regular e no profissional. Uma oferta que forneça aos nossos jovens os mecanismos necessários para a sua integração no mercado de trabalho”, defendeu.
Concordando com as medidas de apoio à qualificação dos NEET, o deputado do PSD/Açores reiterou que “só a aposta na educação, na oferta formativa e na qualificação profissional, poderá fazer com que haja menos jovens que não estudam, não trabalham ou não frequentam qualquer formação”.
“E esta é uma tarefa transversal a várias entidades com responsabilidades no setor, do Governo às autarquias e instituições sociais, que complementarmente devem melhorar a qualidade de vida e bem-estar sócio emocional dos jovens açorianos, independentemente da sua condição social ou características idiossincráticas”, concluiu Rui Espínola.
PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU