
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje que será revista a legislação que regula a atividade apícola nos Açores para ajustar à realidade um conjunto de normativos, como a densidade de implantação de apiários, o número de colmeias por apiário, entre outros, contando para o efeito com os contributos dos agentes do setor.
“Vamos iniciar o processo de revisão da alteração legislativa relacionada com a apicultura nos Açores, cumprindo um compromisso assumido pelo Governo Regional, em estreita articulação com as associações apícolas na Região e com a Federação Agrícola dos Açores, de quem esperamos contributos construtivos”, referiu João Ponte, que falava, em Ponta Delgada, no final de uma reunião com a Direção da APIMAR – Associação de Apicultores da Ilha de São Miguel.
O governante salientou que esta reunião serviu para a associação apresentar um conjunto de propostas, ao nível da sanidade, da promoção e comercialização de produtos apícolas, bem como de reforço do associativismo, que vão agora ser devidamente apreciadas pela Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
João Ponte destacou que os Açores dispõem de um Plano Estratégico para a Apicultura assente em quatro objetivos estratégicos, que passam por assegurar e promover a sanidade agrícola, promover a partilha de formação e de conhecimento técnico-científico, promover e fortalecer o associativismo de modo a favorecer a dinamização e inovação no setor apícola, bem como fomentar a promoção dos produtos e encontrar novos mercados.
O governante referiu ainda que o grupo operacional para acompanhar a aplicação deste plano já foi constituído, integrando diferentes entidades representativas deste setor.
O Secretário Regional afirmou que a apicultura desempenha um papel muito importante para o setor agrícola, pelo contributo das abelhas enquanto polinizadoras naturais, o que contribui para aumentar a rentabilidade das explorações, mas também na polinização de outras plantas, preservando-as e, consequentemente, dando um contributo para o equilíbrio do ecossistema e a manutenção da biodiversidade.
Para João Ponte, apostar na apicultura é contribuir para o crescimento da diversificação agrícola e para a preservação da biodiversidade no arquipélago.
GaCS/RM