
A localização geográfica da Região Açores, que a coloca distante dos continentes Europeu e Americano, o que para muitos aspectos da vida dos Açorianos traz muitos constrangimentos, para o caso desta pandemia, poder-se-á dizer, constitui uma vantagem para a nossa defesa colectiva.
O Partido Aliança Açores, preocupado com a situação que alastra assustadoramente, sempre entendeu e entende que todos somos poucos para, unidos, enfrentar o brutal perigo que está à nossa porta.
Foi com esta postura responsável que observamos com satisfação que o governo dos Açores, finalmente, e julgamos que ainda em tempo, se chegou à acção e, como primeiro passo, declarou o Estado de Alerta nos Açores e com ele um conjunto de medidas importantes.
Hoje, perante a marcação de uma conferência de imprensa por parte do governo, ficamos expectantes relativamente a um novo passo na defesa efectiva de todos nós perante esta ameaça, já que os sinais que nos chegam do resto do país não auguram nada de bom.
Depois de ouvirmos o presidente do governo, ficamos perfeitamente desolados pelo que ouvimos, isto é, toda a vantagem e capital de confiança alcançado na primeira declaração, foi autenticamente desbaratado.
O presidente do governo, com este evento mediático, deu vários passos atrás e, infelizmente, voltou ao registo que já nos habituou, ou seja, que não está à altura de responder aos exigentes desafios que se colocam, os quais necessitam de competência e coragem para tomar as medidas que se impõem.
Não se compreende que a declaração do Estado de Contingência não esteja acompanhado da grande medida que se impõe para a nossa defesa, isto é, o fecho dos aeroportos dos Açores, de modo a cerrar a grande porta por onde pode entrar esse terrível vírus, para cujos efeitos, é preciso dizê-lo em alto e bom som, o nosso sistema de saúde, com todas as suas fragilidades e debilidades, não está preparado para enfrentar.
O Partido Aliança exige frontalmente, para salvaguarda das vidas dos Açorianos, que o governo dos Açores tenha a coragem de declarar o fecho dos nossos aeroportos e, assim, não permita que esse inimigo se venha cá instalar e matar.
Não desejamos que isso aconteça. Apelamos para que não cheguemos ao ponto de termos de trancar as portas depois de sermos roubados. Se isso vier a acontecer já será tarde.
Queremos que no fim desta tempestade não tenhamos que vir a público acusar o governo de incúria e responsabilidade por hipotéticas desgraças.