
O Chega Açores entende que as medidas restritivas à mobilidade dos açorianos anunciadas no final da passada semana, são desproporcionais à realidade pandémica que se vive nos Açores. Criar cercas nos concelhos, mais uma vez, é “acorrentar” os açorianos, numa época tão especial como esta de Natal. Acreditamos até ser de utilidade duvidosa a nível sanitário, e desastrosa a nível social e económico.
A leitura que o Chega faz da situação é que o povo açoriano, na sua generalidade, tem tido um comportamento exemplar na aplicação dos procedimentos em sociedade que visam acautelar a saúde pública na região, situação esta que favorece a não aplicação de medidas restritivas de circulação entre as ilhas e dentro delas próprias.
No entender do Chega Açores a situação atual de algum contágio anormal, prende-se com a inércia da governação nos últimos meses, relativamente a introdução de mecanismos que pudessem diminuir a concentração de pessoas nos transportes públicos, em ambiente laboral e escolar. A verdade é que continuamos todos à espera que a população seja testada de forma eficaz e regular, algo que até ao momento não tem acontecido.
Saliente-se que tivemos um período de verão que em nada serviu para que se preparassem os meios humanos e materiais adequados a uma segunda vaga, como esta que agora se verifica. Resultado, todos os meios colapsam, escasseiam os testes, e nem a Linha de Saúde Açores consegue atender os açorianos, como seria suposto.
Não se compreende que se tenham fechado escolas com alunos positivos e os restantes não tenham sido testados logo de imediato. Aqui corremos o risco do aparecimento de novos casos a cada semana na população escolar, afetando diretamente as escolas e consequentemente as famílias açorianas. Este negligente comportamento é um claro sinal de desnorte de como esta pandemia tem sido gerida até agora, especialmente nas últimas semanas pós-eleitorais.
O Chega lembra que a limitação de mobilidade dos açorianos será um desagradável contributo para agravar a fragilidade de economia na região, que atualmente já não tem capacidade para manter e apoiar o tecido económico local, o que poderá levar à falência em massa de inúmeras pequenas empresas regionais, ainda no final deste ano, ou no início do próximo, causando assim um flagelo social de consequências incalculáveis.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU