
O Bloco de Esquerda nos Açores “é a oposição consistente que pode fazer a diferença nas próximas eleições”, disse Catarina Martins na conferência eleitoral que juntou em Ponta Delgada os candidatos e candidatas do partido nas várias ilhas.
“No país, como nos Açores, o Bloco de Esquerda é a força política que de forma consistente e coerente luta contra a corrupção e o compradio, que luta pelo salário, que combate a precariedade e o abuso, e que sabe que o emprego com direitos é condição primeira de democracia e de desenvolvimento”, assinalou a coordenadora nacional do partido.
Catarina Martins disse ainda que, “no país, como nos Açores, o Bloco luta por serviços públicos de qualidade, porque são eles a garantia de igualdade de acesso, que luta pela ousadia de um futuro melhor e uma economia diferente, mais justa, que respeite quem trabalha, que respeito o conhecimento, o ambiente e o nosso planeta”.
No encerramento do encontro, António Lima salientou que o Bloco de Esquerda apresenta a estas eleições “candidatos e candidatas que representam verdadeiramente os Açores e quem aqui vive: operários, médicos, desempregados, professores, agricultores, artistas, imigrantes e ex-emigrantes. Tudo gente que trabalha e conhece a realidade destas ilhas”.
Na apresentação do programa eleitoral do partido, o coordenador regional salientou as propostas para o sector da Saúde, tendo como prioridade a redução das listas de espera para exames e consultas, que deve ser alcançada através da contratação de 40 médicos em exclusividade para o Serviço Regional de Saúde, uma medida que não aumenta custos porque reduz substancialmente o valor astronómico das despesas atuais com horas extraordinárias.
A resposta à crise social e económica provocada pela pandemia é outra das prioridades, e o primeiro passo é defender os postos de trabalho. Por isso o BE defende que todas as empresas que beneficiam de apoios públicos têm que ser obrigadas a manter todos os postos de trabalho, ao contrário do que está a fazer o Governo Regional, que em determinados casos já permite que empresas apoiadas com dinheiro público possam despedir 10% dos trabalhadores.
Para o Bloco de Esquerda “os trabalhadores não são descartáveis”, nem que sejam 10%, afirmou o candidato do BE.
O Bloco de Esquerda apresenta como cabeças-de-lista, nestas eleições, António Lima, professor de 39 anos, por São Miguel e Círculo de Compensação Regional, Pedro Amaral, estudante de 18 anos, por Santa Maria, Alexandra Manes, ajudante de educação especialista de 45 anos, pela Terceira, Aurora Ribeiro, técnica superior de comunicação de 35 anos, pelo Faial, José Carreira, administrativo de 63 anos, pelo Pico, Paulo Fontes, assistente técnico de 45 anos, por São Jorge, Isabel Tenente, agricultura de 39 anos, pelas Flores, Brites de Araújo, técnica de comunicação e informação aeronáutica de 61 anos, pela Graciosa, e Maria Pereira, empregada doméstica de 31 anos, pelo Corvo.
BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU