
O PSD de Angra do Heroísmo reclamou hoje “melhores condições para as zonas balneares do concelho”, lembrando que, “tal como em 2019, as intervenções levadas a cabo pelo município não resolveram os problemas estruturais de muitas delas”, dizem.
João Ormonde, que lidera a concelhia, recorda que, “já o ano passado foi assim, e denunciamos que os investimentos anunciados pela Câmara Municipal não passavam afinal de meras intervenções de manutenção, insuficientes e quase sempre com péssima qualidade nos materiais e na mão-de-obra, não cumprindo sequer com parâmetros mínimos de qualidade”, adianta.
O social democrata refere que as várias situações “foram sendo confirmadas pelos banhistas ao longo de todo o verão passado, com as más condições dos locais de banhos a terem consequências para a sua segurança, obrigando nalguns casos a intervenções corretivas de emergência”, explica.
“Existiam, e continuam a existir problemas ao nível dos acessos, estacionamento, serviços conexos, equipamentos de diversão, balneários em mau estado ou inativados, condicionamento ou inutilização dos solários e poças ou piscinas naturais inutilizáveis pela ação da maré ou estado do mar”, aponta.
“São apenas alguns exemplos de quão inadequadas se encontram muitas zonas de banho do concelho de Angra. Aliás, uma visita ao Negrito permitirá comprovar tudo isso”, afirma João Ormonde.
O presidente da CPC angrense considera que “o aparato das últimas semanas, com o habitual ritual do betão para o chão e cal para as paredes, pode fazer crer aos mais distraídos que se está a investir, quando afinal é apenas mera cosmética”, garante.
João Ormonde assegura que, em alguns casos “nem se chega a reabilitar condignamente estragos causados pelo mar, ou muitas outras situações relacionadas com equipamentos deteriorados e inoperacionais”, lamenta.
“As casas de banho vão continuarão imundas, as piscinas só terão água na maré baixa, os equipamentos de diversão resumir-se-ão à velhinha plataforma flutuante e nada mudará quanto à segurança e bem-estar dos banhistas”, constata o social democrata.
“Resta-nos esperar que ao menos se consigam implementar as regras sanitárias que forem sendo impostas pelas autoridades competentes, incluindo quem tem a obrigação de as fazer cumprir, acrescenta.
O dirigente diz mesmo que “nem a presença de organismos perigosos, mas facilmente removíveis, como as temidas caravelas, tem merecido procedimentos ou meios concertados e adequados para as retirar das águas, mesmo quando isso é tecnicamente possível”, critica.
“As zonas balneares não vivem apenas dos parâmetros legais estabelecidos para a saúde e segurança dos seus utilizadores, exige-se sim que as entidades que as gerem se empenhem seriamente em superar tais limites, indo além da mera qualidade das águas”, avança.
O PSD angrense defende “investimentos sérios, em espaços que servem as populações e que são uma mais-valia para o turismo. Temos de aproveitar as zonas de banho existentes e com potencial, em vez de apostar em novos acessos ao mar como parece ser a intenção da Câmara Municipal, desperdiçando recursos em lugares inviáveis que não oferecem condições de conforto e segurança. E que rapidamente serão reclamadas pelos utilizadores ou mesmo impostas por lei”, considera a estrutura.
“Pouco ganha o concelho ao ter inúmeras zonas de banhos, com todos os custos que isso acarreta, sem que nenhuma apresente as condições verdadeiramente condignas, esteja dotadas de equipamentos modernos e adequados à prática das atividades lúdicas e de lazer próprias dos espaços de recreação aquática”, conclui João Ormonde.
FONTE:PSD/AÇORES