
Aurora Ribeiro, candidata independente do BE no Faial, considera que a criação de um Centro Público de Investigação do Mar e Alterações Climáticas dá resposta às necessidades da ilha, “que precisa de gente, emprego e dinâmica”, da Região, “porque traz conhecimento e desenvolvimento económico” e do país, “porque responde ao desígnio português do Mar” e do mundo, “porque contribui para uma solução de uma crise climática mundial”.
Na apresentação da lista e do programa eleitoral para o Faial, Aurora Ribeiro, salienta que é a primeira vez que se associa a uma candidatura política, e que vê no Bloco de Esquerda o “único partido capaz de ter a coragem de defender novas políticas para resolver problemas antigos”.
“Estamos conscientes da crise mundial que atravessamos. Não desassociamos a situação de pandemia da de crise ambiental. Ambas são consequência do colapso de uma economia global que corre atrás da ilusão de que é possível explorar sempre mais e mais”, disse a candidata independente, que considera que a proposta de criação de um grande centro internacional de investigação, tirando partido do financiamento do Fundo de Recuperação Económica Europeu, é um passo importante para a “sustentabilidade ambiental, sustentabilidade económica, e sustentabilidade social”.
O Bloco tem vindo a propor este centro desde 2004. “O Governo Regional já o prometeu, o Governo da República já o prometeu e agora o Plano de Recuperação Económica de António Costa e Silva contempla a criação deste centro. Falta acontecer”, disse Aurora Ribeiro.
A candidata do Bloco assinalou o envelhecimento e a diminuição da população do Faial como um dos problemas a resolver, apresentando propostas para a Saúde – incentivos à fixação de médicos e valorização das carreiras dos enfermeiros e técnicos superiores –, Transportes – exigir a melhoria da pista do aeroporto da Horta – e um forte investimento na Cultura.
Aurora Ribeiro vive na Horta desde 2008. Tem uma licenciatura em Cinema, mestrado em Comunicação e Media e encontra-se neste momento a iniciar o doutoramento em Sociologia.
O seu documentário “Passando à de Zé Marôvas” foi premiado no festival DOCLISBOA 2009. Foi co-diretora do jornal comunitário Fazendo entre 2012 e 2016. Desde 2013 que vem dedicando a sua atividade à comunicação de ciência marinha, tendo colaborado em projetos científicos.
Faz parte da dupla ilhas Cook que desenvolve projetos criativos. É co-diretora do Festival Maravilha na Horta e responsável pela comunicação do Observatório do Mar dos Açores.
BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU